Ela
não lidava muito bem com perdas, já havia perdido tantas pessoas pela vida que
nem sabia mais como agir. Não que todas essas pessoas tivessem morrido, mas a ausência
e de certa forma o abandono de pessoas que ela amava a machucava muito... Houve
aquela amiga que se viam todos os dias que do nada resolveu mudar pra longe sem
avisá-la, o ‘melhor amigo’ que mudou de escola que às vezes ainda fala com ela
mas nunca cumpria suas promessas de “eu vou te visitar meu bem” a tia que eram
como irmãs que se casou e pareceu
esquecer que ela existia, o amigo que toda vez que arrumava uma namorada parava
de falar com ela e tantas outras pessoas que apenas passaram pela vida dela e
se foram ou ainda os garotos que ela tinha gostado que as vezes nem sabiam de
sua existência.
O
tempo se passou, ela continuou ganhando e perdendo pessoas, não que o ganho de
algumas fosse fazer superar a perda de outras, e ela foi se cansando de sofrer por
causa de pessoas que gostava tanto, mas que não valia apena amá-las, ela
começou a entender que sua mãe estava certa o tempo todo quando dizia: “não
vale apena se sacrificar por quem não se sacrificaria por você, ficar se
machucando por causa dos outros só vai te causar mais dor”. Então ela percebeu
que nem todas as pessoas sabem amar ou até mesmo ser amadas, que não vale apena
se sacrificar pelos outros, afinal, o único sacrifício que valeu apena na
história toda da humanidade talvez tenha sido o de Jesus na cruz, apenas, e
aprendeu a não dar tanto valor assim.
Alguns
dizem que ela se tornou uma pessoa fria, outros acham que é uma forma de
auto-defesa, todos falam o que querem não é? Mas o melhor de tudo é que a cada
dia com ganhos ou perdas, ou os dois juntos, ela aprende que entregar-se
totalmente a quem quer que seja é perigoso demais pra arriscar e amor de
verdade além de Deus é só família... e olha lá...
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