5 Coisas terríveis que podem acontecer se você largar tudo e correr atrás dos seus sonhos

 Desde que nascemos, fomos condicionados a acreditar que devemos seguir um certo padrão para que possamos ser aceitos na sociedade. Tudo o que é diferente pode causar constrangimento, então toda a nossa realidade foi criada de modo a que não nos diferenciássemos do que é considerado normal pelos padrões sociais. O conceito de normalidade atual envolve se formar na escola, escolher um curso e ingressar na faculdade, fazer estágio, subir de cargo de tempos em tempos, arrumar um par, se casar, ter filhos, comprar uma casa, mobiliá-la e provavelmente passar bons anos pagando por tudo isso. Esse é um estilo de vida que pode ser interessante para muita gente, mas por um outro lado, também existe muita gente que não se encaixa nessa sequência de expectativas e que acha um desperdício ter que viver conforme os padrões alheios.
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charge de Chris Guillebeau
Por causa dessa educação e da influência cultural que tivemos, somos tomados por um grande medo do fracasso que nos impede de ir em uma nova direção – mesmo tendo certeza que essa nova direção poderia nos trazer muito mais satisfação e felicidade. O fantasma do “e se” nos assombra: “E se tudo der errado?”, “E se meus pais ficarem decepcionados?”, “E se eu não conseguir manter o meu padrão de vida?”, “E se a educação dos meus filhos for prejudicada?”. Como encontrar respostas para tantos “e se” é algo difícil, geralmente empacamos nessa fase e deixamos nossos sonhos serem somente sonhos.
Por isso, no post de hoje, resolvemos criar uma lista com coisas que podem dar errado caso você finalmente decida dar uma guinada na sua vida, largar o osso das 9h às 17h, e realmente ir fazer algo que te motive e que faça seu coração vibrar. Vamos listar aqui os maiores medos e receios que ouvimos quando pessoas nos dizem que gostariam muito de ter esse lifestyle, mas que não podem. E já adiantamos – há grandes chances de você entender que os riscos não são tão grandes quanto teus medos.
Lá vai:

1) Eu posso me arrepender muito depois

A melhor forma de checar essa informação é se basear na vida e nos depoimentos de quem teve coragem de mudar. Dê uma passada em sites de viagens, leia entrevistas com outros nômades digitais, faça uma varredura por sites de pessoas que estão fazendo o que você gostaria de fazer e tente encontrar alguém que se arrependeu amargamente da decisão. Se você encontrar nos avise, porque pesquisamos o tema há bastante tempo, e nunca encontramos um depoimento de pessoas que se arrependeram.

2) Eu não vou conseguir viver sem meus pertences

As nossas necessidades reais para sermos felizes são bem básicas – ter comida, ter abrigo, ter afeto, ter água, ter uma função que te faça se sentir útil. Nós é que, com o passar do tempo, fomos criando necessidades ilusórias e hoje nos vemos aprisionados por todas elas. Hoje você pode ter uma casa mobiliada e completa, mas com certeza, aqueles móveis e objetos não são responsáveis pela sua felicidade. Se você só pudesse fazer uma escolha: ter saúde ou ter todos os seus bens materiais, qual escolheria? Muitas vezes compramos tantas coisas para nos recompensar por outras frustrações na nossa vida. Quando você entender que ser feliz é estar onde você gostaria de estar, fazendo o que você gostaria de fazer, nem vai lembrar daquela sua poltrona favorita, nem daquele quadro que custou uma fortuna e que enfeita a sua sala, muito menos daquela fritadeira que não usa óleo. Pode até sentir falta deles, mas não vai ficar mais triste por causa disso. Se você decidir viajar o mundo, pode vender os seus pertences, guardar o dinheiro e se se arrepender mais tarde, basta comprar as coisas de novo. Usar isso como argumento é muito mais uma desculpa para não sair do lugar.

3) Não vou conseguir ficar tranquilo sem a estabilidade do meu emprego

Quem disse mesmo que seu trabalho é estável? Em um segundo tudo pode mudar – a empresa pode ir a falência por causa de uma lei nova, alguém melhor pode surgir e ocupar o seu lugar, o mercado pode ficar defasado e você rodar uma demissão em massa, pode surgir um outro “Collor”  que vai acabar com as economias que você tem no banco, enfim, podem parecer exemplos exagerados, mas exagerado mesmo é a nossa certeza de que temos uma estabilidade que na verdade não existe. Se você fosse demitido amanhã, o que faria? Encontraria uma outra forma de se virar, da mesma forma que vai conseguir encontrar uma forma de ganhar dinheiro fazendo o que gosta, se colocar a mesma quantidade de esforço nisso.

4) Minha carreira vai desmoronar

Tem muita gente que acha que ser um Nômade Digital significa parar de trabalhar e sair pelo mundo com uma mochila nas costas. Não, nômades digitais não são necessariamente ricos, nem tiraram um ano sabático, e muito menos abandonaram as suas carreiras. A única diferença de um nômade digital para você é que, em vez de realizar suas funções fechado num escritório, ele trabalha de diferentes lugares do mundo. Nós mesmos muitas vezes nos vemos trabalhando 12h por dia, estando numa cidade incrível, sem conseguir colocar o pé para fora de casa. Sabemos que o trabalho é o que permite a realização do sonho de viajar pelo mundo, então nunca o deixamos de lado. Mas em compensação, tem vários dias que conseguimos tirar a tarde para passear na cidade, ou ir num teatro local, ir tomar café de frente para um parque, almoçar num restaurante exótico, enfim, todo o nosso tempo livre passamos em lugares fantásticos, mas continuamos trabalhando a mesma quantidade de horas que trabalhávamos quando vivíamos em São Paulo. A diferença é que hoje temos vistas muito mais inspiradoras das janelas.


5) Eu vou gastar muito dinheiro viajando

No nosso manifesto fizemos um cálculo que desmente esse mito. Ao se defrontar com esse novo molde de vida e trabalho, a primeira desculpa que 90% das pessoas usa é: “Eu não tenho dinheiro para viajar. Viajar é caro.” Esse é um raciocínio razoável à primeira vista, mas que pode ser facilmente desbancado. As pessoas que usam esse argumento não perceberam que têm gastado muito mais dinheiro estando paradas do que se estivessem viajando. Ter uma vida nos moldes tradicionais das grandes cidades é caro, muito caro. E viajar pode ser surpreendentemente mais barato, se você for inteligente. Os Nômades Digitais usam o câmbio ao seu favor e assim se tornam “ricos” sem ter que trabalhar mais. Como eles conseguem? Uma das formas mais eficazes é viajar e viver em países no qual a moeda valha menos do que a moeda na qual eles recebem seu dinheiro. E com a globalização, lugares que antes eram perigosos para viajantes, hoje recebem turistas do mundo todo e provavelmente são tão ou mais seguros do que o local onde você vive.
Para te provar que viajar não precisa ser necessariamente mais caro do que ficar parado em um só local, fizemos alguns cálculos. Consideramos os gastos médios de um executivo, que tem um carro popular próprio que é usado todo dia para ir e voltar do trabalho, e que mora de aluguel em uma área central de uma grande cidade como São Paulo. (É claro que esse é um cálculo aproximado, e que os valores podem mudar para mais ou menos dependendo dos gastos pessoais de cada um). São eles:
Aluguel – R$ 1.500,00
Condomínio – R$ 400,00
IPTU – R$ 200,00
Gasolina – R$ 440,00
Estacionamento – R$ 200,00
Seguro do carro – R$ 91,00
IPVA – R$ 91,00
Alimentação (3 refeições por dia – café: 10,00 / almoço: 20,00 / jantar: R$ 20,00) – R$ 1500,00
Entretenimento: 600,00
Total aproximado de gastos por mês: R$ 5.022,00
VS
Agora, comparamos os gastos com os de uma pessoa que vive em uma das cidades mais visitadas da Tailândia – Chiang Mai. Os valores foram calculados segundo esse site.
Moeda: THB (R$ 1,00 equivale a aproximadamente a THB 13,71 – cotação 30/01/2014 )
Hospedagem média por mês em um hotel 3 estrelas -  THB 10.992 (não consideramos a possibilidade de conseguir um desconto por se tratar de uma hospedagem longa. Nesse caso, o valor pode diminuir consideravelmente)
Transporte (público, considerando a ida diária a pontos turísticos e passeios): THB1.500
Alimentação com fartura: THB10.650
Bebidas/Entretenimento: THB7.200
Total: THB30.342,00
+ THB 4.934 seguro saúde obrigatório para viagens internacionais/mês
Total de gastos aproximados por mês de uma pessoa que vive em Chiang Mai, na Tailândia: R$ 2.573,00.
(Além desses gastos, vale também considerar o preço da passagem de ida do Brasil para Chiang Mai, que é uma média de R$ 3.742,00. Esse valor você teoricamente só paga uma vez, e se for inviável, sempre é possível escolher locais mais perto do Brasil com passagem mais baratas ou parcelar em 12 vezes)
Se você não concorda com os valores usados nos cálculos que fizemos no exemplo acima, existe um site viciante chamado Expatistan, no qual você pode comparar o custo de vida em cidades do mundo todo com um clique. Fizemos uma comparação entre São Paulo e Chiang Mai, e o resultado é alarmante: segundo o site, viver na cidade de São Paulo é 86% mais caro do que viver em Chiang Mai. Viver em São Paulo também é 72% mais caro do que em Buenos Aires; 49% mais caro do que viver em Florianópolis, 32% mais caro do que em Santiago, no Chile;  e aproximadamente igual a viver na cidade de Boulder, no Colorado, EUA (considerando que se trata de um país de primeiro mundo, é um dado interessante). Faça o teste você também.



Vi esse post no http://nomadesdigitais.com/ e na verdade são "8 coisas terríveis que podem acontecer se você largar tudo e correr atrás dos seus sonhos" , mas me identifiquei mais com os cinco primeiros e decidi compartilhar com vocês. 
Espero que gostem e que cada vez mais pessoas larguem o medo e se joguem na vida em busca da realização dos sonhos e da felicidade.

Com muuito amor, Lua (:

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