despedida


Eu pensei que gostava de despedidas. Pensei que seria mais fácil fazer as coisas quando se sabe exatamente quando o seu tempo com alguém ou em algum lugar vai acabar, mas não está sendo assim.
Eu me lembro sempre do meu amigo Arthur e me lamento por não ter conseguido dizer um adeus decente, de ter dito o quanto eu o amava e feito valer melhor o tempo que tivemos juntos, mas pensando agora, acho que não precisava de nada disso.
Ele sabia o quanto eu o amava mesmo não tendo uma despedida, parando pra pensar, será que existe um adeus decente?
Eu tentei fazer isso há algumas semanas, mas eu só consigo me sentir pior, por estar aqui tomando as rédeas da minha vida e deixando a vida de outros seguindo o rumo constante.
Eu não tenho o controle do mundo nem da vida das pessoas, mas isso me deixa muito mal. Talvez eu não consiga fazer mais pelas pessoas porque eu simplesmente tento fazer tudo e acabo não conseguindo fazer nada.
Preciso parar de abraçar o mundo com os meus braços e deixar a vida ser mais vivida por eles do que pensada e arquitetada por mim pra que tudo ocorra bem. Nem tudo vai ocorrer bem e eu não tenho que querer controlar tudo. Eu devo ser um pouco louca mesmo.

Eu sei quando vou sair daqui, sei que tem tempo previsto, mas sei que a minha vida vai mudar totalmente a daqui exatos 7 dias.

Uma parte do meu coração parece estar ficando aqui e outra parte que sempre gritou por esse sonho continua gritando e saltando. Eu estou feliz demais, mas morrendo de medo do desconhecido.

Desculpa o desabafo, só precisava falar.
Lua.

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