Eu vou me casar daqui a alguns dias


Eu vou me casar daqui a alguns dias.

E a coisa que mais me chamou a atenção na reação das pessoas foi a repetição da mesma frase em qualquer lugar que o assunto fosse abordado, “você nunca mais vai ser solteira”.

Que isso é verdade eu sei, mas diferente do que se espera sobre o casamento, o compromisso eterno de “até que a morte os separe”,  atualmente na verdade se espera justamente o contrário, onde o “felizes para sempre” dá lugar ao “que seja eterno enquanto dure”. Com a pós-modernidade trazendo relacionamentos fracos de vínculos em ciclos tudo é descartável, e pode mudar a qualquer momento. O compromisso que hoje tem toda verdade, amanhã pode não ser tão verdade assim, ou até mesmo deixar de ser verdade, e o discurso de liberdade entra em cena, com argumentos firmes no direito próprio visando apenas interesses egoístas destruindo qualquer voto feito diante de Deus ou da lei.

Há argumento para tudo, inclusive para não se esforçar para viver do lado de alguém, já que você não é obrigado, ou que existem outras milhões de pessoas no mundo que você pode se relacionar, e consequentemente dar continuidade ao ciclo de troca de pessoas.

Isso pode parecer normal, mas é doloroso para mim pensar em relacionamentos substituíveis, onde se é só mais um, a segurança de acordar todos dias com alguém do lado não ser uma coisa presente, e os sonhos como envelhecer ao lado de alguém passarem a ser tão surreais e distantes quanto as histórias da Disney.

Outra coisa estranha que tenho visto e vivido nesse momento pré-casamento é o questionamento das pessoas sobre a decisão de se casar, perguntas como “é para dividir as contas?” ou “é por causa do sexo né!?” tomam conta das conversas, e quando negadas os questionamentos mudam para um interrogatório sem fim dando motivos para que você desista da escolha, “mas vocês são tão jovens”, “porque não faz só união estável ou vai morar junto? É a mesma coisa e se acabar não muda em nada!”.

Eu não sei você, mas eu fico um pouco horrorizada com esse tipo de coisa. 

O argumento de “nós acreditamos no casamento, nós temos certeza de que queremos passar a vida inteira juntos, ou, nós nos amamos” não é válido para uma sociedade acostumada com desastres familiares e a troca de parceiros afetivos.

Eu acredito no amor, por mais difícil que seja isso. 

Mesmo com todos os motivos que vemos na sociedade para não acreditar, eu acredito na família e sei que Deus tem propósito com ela. E mesmo vivendo numa realidade onde a minha crença sobre isso é vista como imaginativa por ter se tornado tão banal o compromisso hoje, eu acredito em alianças que são firmadas em Deus.
 
Eu vou me casar essa semana, não por interesses carnais ou sociais, não por comodidade, não para poder desfrutar de uma vida sexual aceitável porque faço parte de uma religião, não para dividir um teto, mas por acreditar nos sonhos e nas Palavras de Deus, por amar e ser amada depois de um longo tempo de oração para encontrar a pessoa certa (eu posso falar sobre isso num outro post), eu vou me casar com o homem que eu amo, construir uma família e viver tempos de sorrir e chorar com o cara que também decidiu viver a vida comigo.
Mas no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’.
‘Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher,
e os dois se tornarão uma só carne’. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne.
Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe".

Marcos 10:6-9


E você, acredita no amor? Acredita no casamento?

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